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Aconteceu na praça, ao lado da Feira da Estrutural, no domingo, 01/02, às nove da manhã. As bicicletas começaram a chegar. Funcionava assim: você pegava uma senha, aguardava um pouco e consertava sua bike de graça. A oportunidade se espalhou no boca-a-boca. “As crianças saíam correndo e voltavam com os irmãos, os primos e os tios”, contou Renata Florentino, uma das organizadoras. Tudo isso aconteceu numa “vaga-viva”, preparada por integrantes da ONG Rodas da Paz, do Movimento Nossa Brasília, do Coletivo da Cidade e ocupada por todos e quem mais passou por lá. Teve grama sintética, toldo, lugar para sentar, tudo no capricho. Durante o evento, que terminou por volta das 13h, 50 “magrelas” receberam ajustes e, nesta segunda seguirão pelas ruas da Estrutural com freios, correntes e outros apetrechos tinindo.

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Antes da movimentação na praça os organizadores do evento passaram no Coletivo da Cidade e descarregaram 20 bicicletas como doação. Para quem? Para todo mundo que participa do espaço Educativo, incluindo 200 jovens e crianças moradoras da Estrutural, suas famílias e a equipe de 12 pessoas que trabalha para o funcionamento e a organização do espaço. E para que mais se interessar.

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“Serão bicicletas compartilhadas, vamos pintá-las todas da mesma cor e fazer uma reunião com os interessados para definir as regras de uso comunitário”, explicou Coracy Coelho, do Coletivo da Cidade. Segundo ele, as bicicletas comunitárias são o primeiro passo de uma ideia bem maior, um grupo de discussão e de ação para uma mobilidade mais sustentável e segura na Estrutural. “Durante o evento da vaga viva recebemos muitas bicicletas sem freios. Também reparamos, no dia-a-dia, que os carros não sabem a distância que precisam manter das bikes. As pessoas que andam de bike por aqui correm riscos diários. O grupo que criaremos vai discutir exatamente isso. Vamos estimular comportamentos mais responsáveis por parte dos ciclistas e também dos motoristas”, disse Coracy.

Os próximos passos são o levantamento dos materiais necessários, o mutirão para a pintura padronizada das bicicletas  e a reunião para definição da forma de funcionamento do sistema de empréstimos, com a participação e opinião dos interessados. Está previstas ainda, sem data marcada, uma bicicletada na cidade. “Será um projeto piloto para o estímulo do uso ampliado e seguro das bicicletas”, afirmou Coracy. E nessa empreitada o Coletivo da Cidade contará com o apoio contínuo do Nossa Brasília e do Rodas da Paz. Segundo Cleomar Manhas, do Nossa Brasília/ INESC, eventos como o Vaga Viva e a iniciativa Doe Bike são importantes pois ajudam a democratizar o espaço público: “São nessas horas que temos a oportunidade de interagir com a comunidade. Há, inclusive, um viés educativo que o Nossa Brasília pretende fortalecer mais e mais.”

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