No dia 16 de dezembro de 2015, o governador Rodrigo Rollemberg assinou a carta-compromisso que incluía Brasília no programa Cidades Sustentáveis. Essa iniciativa foi desenvolvida em parceria entre três instituições – Rede Nossa São Paulo, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e Rede Social Brasileira por Cidades Justas, Democráticas e Sustentáveis. Com o pacto, que já existe em outros 283 municípios, o governo comprometeu-se a elaborar um plano de metas, com indicadores de diversos eixos (cultura, esporte, educação, saneamento, saúde, segurança, meio ambiente, mobilidade, dentre outros) para todos os setores da administração pública distrital e a divulgá-los através da plataforma do programa Cidades Sustentáveis.

A solenidade de assinatura do acordo foi realizada no Auditório Márcia Kubitschek, no Memorial JK. Na ocasião, o secretário de Meio Ambiente, André Lima, reforçou que informações relevantes como nascentes que devem ser protegidas, criação de parques e implementação do programa de energia solar previsto para 2016, por exemplo, ficarão mais claros para a sociedade. “Resgatamos o compromisso desta gestão com o desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Contudo, um ano após a assinatura da carta-compromisso, nenhum indicador do Distrito Federal foi disponibilizado pelo GDF na plataforma. A transparência e preenchimento dos dados desagregados por regiões administrativas é fundamental para se ter um diagnóstico baseado nos indicadores e realizar projetos e políticas públicas de acordo com a necessidade de cada local. Pela sociedade civil, os indicadores vêm sendo preenchidos na plataforma da Rede Social de Cidades pela equipe do Movimento Nossa Brasília. Esse levantamento resultou no lançamento do Mapa das Desigualdades, ocorrido no dia 3 de dezembro, uma publicação elaborada de forma participativa em oficinas realizadas com a população nas cidades de Samambaia, São Sebastião e Estrutural.

A disparidade da oferta de serviços públicos entre as regiões ficou evidenciada com o trabalho do Mapa, principalmente a partir dos apontamentos feitos no diálogo com a população na elaboração e apresentação do mapeamento. Os indicadores, que são dados oriundos de fontes governamentais foram contestados em parte pelos atores locais. Eles apontaram que alguns equipamentos e serviços públicos em geral encontram-se sucateados ou até mesmo abandonados. Por isso, a disponibilização de dados atualizados e fidedignos é essencial para o planejamento de governo e transparência com a população.

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