Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Não é surpresa que Brasília é o território mais desigual do Brasil – lembrando que Brasília pra gente é todo o quadrado, bem além do Plano Piloto. Além das desigualdades refletidas no acesso às políticas públicas, quando falamos de desemprego escancaram-se as enormes distâncias que separam os privilegiados daqueles que precisam se esforçar muito mais para ter o mínimo necessário para viver bem.
A Codeplan e o Dieese acabam de divulgar a atualização da pesquisa de Emprego e Desemprego do DF, que realizaram em parceria com a Fundação Seade. O estudo mostra que o índice de desemprego entre maio e junho permanecem estáveis na casa de 19,5%, em números totais, o que já é bem maior que a média nacional. Se olharmos desagregado por sexo e raça/cor, veremos que mulheres e pessoas negras são as mais prejudicadas. Então, podemos deduzir que a situação para as mulheres negras, que somam todas as desigualdades, é a mais difícil.
Olhando o comportamento dos 12 últimos meses, a pesquisa apresentou seguintes resultados: Sexo – Redução entre os homens (de 17,5% para 17,1%) e aumento para as mulheres (de 20,9% para 21,9%). Raça/cor – Decréscimo para os negros (de 21,3% para 20,8%) e acréscimo para os não negros (de 14,7% para 16,2%). O índice para as mulheres – que já era bastante alto – ficou ainda pior, entre os negros o índice reduziu minimamente, mas ainda está muito acima da população não negra. Infelizmente aqui temos desigualdade na veia. Estamos #DeOlhoNoGDF