E cada um de nós é responsável por fazê-lo real
Quem chegou ao Memorial Darcy Ribeiro “cansado, curioso, intrigado, gripado”, após a noite movimentada da última terça-feira, 24/07, foi para casa bastante “animado, esperançoso, alegre e mobilizado”. Quinze cidadãos do Distrito Federal participaram da “Oficina de Mobilização de Mobilizadores”, do Movimento Nossa Brasília. Dentre os presentes havia quem chegava pela primeira vez e quem já estava bastante ativo nos grupos de trabalho do coletivo que visa transformar a cidade em um espaço justo, democrático e sustentável.
Danças coletivas, conversas em grupos e momentos de imaginação ativa coloriram a noite. O objetivo da atividade desenvolvida por Elisa Sette e Carolina Ramalhete, como parte da especialização em Jogos Cooperativos, foi despertar o olhar positivo e o sonho coletivo de uma Brasília sustentável.Mas para criar, na mente e no mundo, algo assim, em primeiro lugar, a “gente” precisa se conhecer. Precisa se soltar e quiçá dançar junto. Porque para ser sustentável, há que ser divertido, já proclama um dos princípios da permacultura! Então o convite foi para abandonar o cansaço, a preguiça e a idade aparente, voltar a ser criança, no sentido do sonho e da disposição para fazê-lo realidade.
Logo no princípio, evocou-se o sentido da teia, que une a todos em propósitos e conexões. E também o princípio da interdependência, a partir do qual a minha ação se reflete na sua vida e vice versa. Memórias afetivas da cidade foram resgatadas, elucidando qualidades da Brasília real que alimentam o sonho da cidade possível: verde, justa, feliz.
Então, do passado para o futuro, em voo direto, os viajantes vislumbraram a nova Brasília. Nela viram telhados verdes, muitas bicicletas, transporte sustentável e integrado, fontes de energia limpa, vida comunitária rica e culturalmente abundante. E também viram a si mesmos, como parte dessa cidade viva, educando crianças para cidadania, convivendo em espaços comunitários, plantando, colhendo, trocando de forma justa e solidária bens materiais e riquezas imateriais, resgatando e valorizando a história pregressa, sonhando e construindo cenários ainda mais brilhantes. Uma visão desse futuro pode ganhar contornos mais nítidos, a partir do mosaico de projeções, colhidas das falas dos presentes:
“As pessoas fazem reuniões de condomínio por lazer, usam os espaços públicos. Há sentimento de pertencimento à uma comunidade. Todos juntos plantam e colhem seus alimentos, apoiam as boas ideias e atitudes, praticam a economia solidária, dão carona e usam bicicletas comunitárias. As construções são sustentáveis. Há colaboração voluntária com o poder público, educação para a sustentabilidade, cidadania e participação ativa nos fóruns públicos. O trabalho é feito de casa, o consumo é consciente e se produz pequena quantidade de resíduos. O “sistema” é o resultado das intenções das pessoas, da consciência coletiva e de uma nova postura, segura, baseada na percepção de que cada um é parte da mudança, e que se começa pelo pequeno, pelo local”.
Sonhar é bom! Mas como dar o primeiro passo? Se essa cidade sustentável é justamente a inspiração que move o Nossa Brasília, que tal começarmos unindo forças lá? Os participantes então ouviram um pouco sobre cada grupo de trabalho em curso no movimento, para continuar sonhando e transformando a cidade a partir da educação, do acompanhamento cidadão e da missão contínua de mobilizar e manter acesa a vontade de fazer de Brasília, um lugar melhor. Se esse também é seu sonho, acompanhe o movimento e participe das próximas reuniões. Trabalhos sinceros pelo bem comum crescem com firmeza! Vale sonharmos juntos!
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