Movimento de Agricultura Urbana convida sociedade para assinar petição de repúdio (Avaaz.com) e divulgar a importância das hortas comunitárias na construção de cidades sustentáveis
Brasília está passando por uma enorme crise hídrica: reservatórios do Descoberto e de Santa Maria com níveis alarmantes, diminuição da incidência de chuvas e racionamento. A movimento de agricultura urbana tem contribuído imensamente na resiliência hídrica de nossa cidade, de forma direta e indireta. As lideranças das hortas comunitárias e agricultores urbanos estão se unindo contra o corte, executado pela CAESB, no fornecimento de água aos seus locais de produção. Esta ação impede o desenvolvimento das hortas, reduz drasticamente a produção de alimentos e inviabiliza a continuidade dos trabalhos comunitários, muito importantes na construção da sustentabilidade de nossa cidade.
Os hortelões (agricultores urbanos) reclamam que a ação de corte de água às hortas comunitárias è arbitrária, pois a maioria dos condomínios privados e órgãos públicos da cidade continuam usando água encanada para a rega de jardins e gramados improdutivos. Reclamam, ainda, que o governo do DF deveria trabalhar junto às hortas urbanas e suas lideranças na construção coletiva de uma agenda única em prol da resiliência hídrica da cidade.
As hortas comunitárias são espaço coletivos de convivências que promovem educação alimentar e ambiental, interação social, lazer, empoderamento da comunidade, aproximação entre campo e cidade e o despertar do consumo consciente. Além dos benefícios sociais, as hortas urbanas possuem o papel fundamental na qualidade ambiental da cidade, contribuem na melhora do solo aumentando, consequentemente, as taxas de infiltração da água da chuva e recarga dos mananciais, e restauram a ecologia local aumentando a biodiversidade de espécies vegetais e de agentes polinizadores.
Considerando a contribuição do movimento de agricultura urbana na construção da sustentabilidade de nossa cidade, o governo do DF deve buscar alternativas para o fornecimento de água aos projetos de hortas comunitárias. Neste sentido, o Grupo de Trabalho de Agricultura Urbana do Movimento Nossa Brasília e o Coletivo Alcatéia se juntaram para escrever uma carta de repúdio à CAESB, à ADASA (Agência Reguladora das Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal) e à Câmara Legislativa do DF contra o corte de fornecimento de águas das hortas urbanas e estão recolhendo assinaturas de hortelões, apoiadores de agricultura urbana, coletivos e ONGs, para que possam continuar a luta pelo direito à cidades mais sustentáveis.
Sendo assim, convidamos você a fazer parte dessa causa, acesse o link abaixo para ter acesso a carta, assine e compartilhe com sua rede.
Assine já: https://goo.gl/wu62Mb