Reedição de 2016 aglutinou movimentos sociais locais e de outras capitais do País para delinear novas ações de promoção da democracia

A mobilização de coletivos, entidades e da população em geral para a transformação de um posto policial abandonado em um bicicletário comunitário na Cidade Estrutural inaugura este mês a série de ações que fazem parte da agenda coletiva definida na edição deste ano dos Diálogos Inspiradores. Realizado durante o Inspira Brasília, entre os dias 13 e 16 de abril, no Centro Cultural Dulcina de Moraes, no centro de Brasília, o encontro organizado pelo Movimento Nossa Brasília reuniu representantes de coletivos culturais e movimentos sociais do Distrito Federal e de outros estados para um encontro que foi além de uma oportunidade para o compartilhamento de experiências. O esforço coletivo materializou uma agenda concreta de ações e intervenções para promover mais mobilidade urbana, direito à cidade e o desenvolvimento da resiliência nas cidades.

Segundo Cleo Manhas, do Inesc, a ideia do bicicletário já existia. “A demanda era comum de vários de nossos parceiros, e durante o Diálogos Inspiradores nós pudemos unir forças para tornar esse projeto uma realidade. Em abril fizemos o encontro e o bicicletário se tornou uma realidade concreta poucas semanas depois”, explicou. Também participaram da iniciativa o Mercado Sul Vive, o MPL-DF e o Coletivo da Cidade.

Edinéia Alcântara, representante do Movimento Ocupe Estelita, de Recife (PE), durante sua participação no Diálogos Inspiradores

Edinéia Alcântara, representante do Movimento Ocupe Estelita, de Recife (PE), durante sua participação no Diálogos Inspiradores

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Quem veio de fora para ajudar na construção dessa agenda foram Pedro Valentim, do Família de Rua (Belo Horizonte-MG), e Edinéia Alcântara, do Movimento Ocupe Estelita (Recife-PE). Movimentos e entidades locais também participaram. Renato Fino, do Quem Desligou o Som?, falou sobre as dificuldades que o setor cultural têm vivido no DF com a Lei do Silêncio, e das mobilizações que estão sendo realizadas em favor da conscientização da população e do poder público quanto aos impactos negativos da lei para artistas, produtores, empresários e para a população em geral.

Renata Florentino, representando o Rodas da Paz e o Movimento Nossa Brasília, destacou as políticas públicas ultrapassadas para a mobilidade urbana e as ações afirmativas de mobilidade urbana que atendam as populações das periferias do DF. Jenny Choe também participou, em nome do Movimento Dulcina Vive. A produtora cultural levou para as discussões a experiência da ocupação cultural dos espaços da Fundação Brasileira de Teatro, onde funciona a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes e o Teatro Dulcina, trabalho coletivo e voluntário que começou em janeiro deste ano, e que está mobilizando mais de 50 representantes de diversas linguagens artísticas e coletivos sociais brasilienses.

Dyarley Viana e Markão Aborígene falaram em nome do Grito das Periferias, projeto que realiza ações afirmativas e de empoderamento de jovens das periferias locais, e que nasceu dentro de outro projeto, o Onda: Adolescentes em Movimento pelos Direitos, que existe desde 2008 com o apoio do Inesc. Ao final do evento, meninas e meninos que participam dessas ações, promoveram o Sarau Grito das Periferias.

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